ComunidadeDestaquesNotícias

Brasileira presa com Kat Torres tem pedido de deportação voluntária aceito pela Justiça dos EUA

0

Vinte e oito dias após ter sido presa em local próximo à fronteira dos Estados Unidos com o Canadá, no estado de Maine, por falta de documentação necessária, e levada a uma prisão para imigrantes na Georgia, a jovem Desirrê Freitas, de 26 anos, participou de audiência esta semana, onde a justiça americana decidiu que ela terá direito à deportação voluntária, que é concedida em alguns casos quando o imigrante abdica de julgamento e arca com os custos da viagem de volta ao país de origem.

A reportagem apurou que as custas do voo devem ser pagas pela família de Desirrê. A mãe é quem tem tido contato com ela, desde que foi levada à prisão da Polícia de Imigração Americana (ICE). Ainda não há informação sobre a data em que ela realizará a viagem, mas a Justiça costuma estipular um prazo em casos como este.

Kat, Desirrê e Letícia, em última foto publicada antes de terem sido presas nos EUA — Foto: Reprodução

Há cerca de dois meses, a brasileira foi dada como desaparecida por família e amigos, após ter se envolvido com a autodenominada guru espiritual e bruxa, Katiuscia Torres, de 34 anos, ex-modelo que ficou conhecida pelo apelido de Kat Torres, e está presa no Brasil, investigada pela Polícia Federal por reduzir pessoas a condições análogas à escravidão. Assim que o caso ganhou repercussão, Desirrê apareceu nas redes sociais defendendo a guru, dizendo que estava bem e que não queria ser procurada. Ainda não se sabe se a garota estava sendo manipulada, como acreditam os parentes, ou se agia por livre vontade.

Katiuscia Torres: presa no último dia 2 de novembro, nos EUA — Foto: Reprodução / Franklin County

Outra jovem aguarda deportação

Letícia Maia Alvarenga, de 21 anos, também foi presa com Kat e Desirrê nos EUA e, assim como a colega, levada à mesma prisão para imigrantes na Georgia. Sua audiência deve ser realizada esta semana, possivelmente nesta quarta-feira. Sua trajetória ao lado de Katiuscia é semelhante. A família também deu a jovem como desaparecida e acabou alvo de ataques, acusações e pedidos agressivos para que a deixassem em paz. Os parentes dizem que o comportamento não condiz com ela, e também acreditam que esteja sendo manipulada. Ambas foram vistas em anúncio de um site de prostituição. Curiosamente, a última foto que havia postado com Kat e Desirrê em seu Instagram, foi apagada nos últimos dias.

Deportada e presa

Fato é que Kat Torres, presa junto com as duas, no mesmo dia 2 de novembro, foi compulsoriamente deportada na semana passada com dezenas de outros brasileiros, em um avião com destino a Belo Horizonte, em Minas Gerias. Chegando em solo brasileiro, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça Federal de São Paulo, suspeita de envolvimento num esquema de redução de pessoas a condições análogas à escravidão, que, apura a Polícia Federal, pode envolver promoção à prostituição e tráfico de pessoas. Ela é mantida em prisão federal, no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, na Penitenciária Belo Horizonte I. Sua defesa nega todas as acusações. O processo corre em sigilo em SP.

Letícia (à esq.) e Kat: garota não sorri em fotos publicadas por ex-modelo — Foto: Reprodução

Doença psiquiátrica e gravidez

Na audiência de custódia, realizada no último dia 19 de novembro, onde teve a prisão preventiva mantida, a defesa de Katiuscia, então representada por uma defensora pública federal, entrou com um pedido de liberdade provisória, alegando que a ex-modelo teria problemas psiquiátricos e que estaria grávida. O pedido foi negado pelo juiz federal Maurilio Freitas Maia de Queiroz, da Justiça Federal de MG, que argumentou alegando falta de provas periciais.

“No que tange ao pedido de liberdade provisória, não há elementos probatórios no presente feito que permitam a constatação da doença psiquiátrica ou da gravidez, ao revés, a custodiada apresenta-se em bom estado de saúde e não toma medicamentos controlados”, escreveu o magistrado. “Fica assegurada à investigada a realização de uma ligação internacional através da internet, bem como que seja oportunamente submetida a exame de sangue e/ou pericia médica para confirmação de suas alegações, a critério do juiz presidente do feito, devendo a unidade prisional reforçar atenção e cuidados de saúde que a custodiada porventura demandar”.

Investigada por tráfico humano, Kat Torres está presa no Brasil - Jornal  Correio

Caso de volta a SP

O processo em MG já foi arquivado e devolvido à origem, na 5ª Vara Criminal da Seção Judiciária de São Paulo, estado onde foi realizada a primeira denúncia contra a ex-modelo. A reportagem apurou com o Departamento Penitenciário de Minas Gerais que Kat Torres já foi submetida ao teste de gravidez, mas o resultado não pode ser divulgado, já que a ação agora segue sob sigilo. Katiuscia também optou por contratar um advogado particular, Rodrigo Alves da Silva Menezes, que negou as acusações contra sua cliente. – Nada disso procede. Ela nunca trabalhou com tráfico de seres humanos, nunca explorou sexualmente ninguém – disse ao GLOBO.


Policiais do Texas descobrem caminhão com 18 ilegais escondidos na carroceria. Mulher foi presa

Previous article

San Francisco permitirá que policiais usem robôs com força letal

Next article

You may also like

Comments

Leave a reply

O seu endereço de e-mail não será publicado.

More in Comunidade