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Pela primeira Brasil pode indicar um Policial Federal para chefe da Interpol

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O Brasil lançou pela primeira vez, em 100 anos, o nome de um brasileiro para a Secretaria Geral da Interpol, a polícia internacional. Trata-se do delegado da Polícia Federal Valdecy Urquiza, atual diretor de Cooperação Internacional da PF e vice-presidente das Américas na Interpol.

O cargo de secretário-geral da Interpol é equiparado a um CEO de uma empresa, o responsável pela entidade. Hoje, 195 países fazem parte da Interpol, mas a eleição é feita pelo Comitê Executivo, que tem 13 representantes. O comitê executivo é equivalente ao conselho de administração de uma empresa, que escolhe seu representante para defender os interesses da empresa, nesse caso, defender os interesses dos países membros da polícia internacional.

Nesse Comitê Executivo da Interpol, Urquiza é vice-presidente. E como está no processo de eleição, ele não pode votar nele mesmo. Em 100 anos de existência, o posto de secretário-geral sempre foi preenchido por integrantes da Europa. Uma vez houve a exceção de ser dos Estados Unidos. Nunca houve um chefe da Interpol da América do Sul, África, Ásia ou da Oceania. Urquiza tenta quebrar essa barreira com essa candidatura inédita e, como tem dito a aliados, “é um momento histórico”.

“O país está oferecendo um candidato com vasta experiência policial, inclusive na área de cooperação policial internacional, reforçando compromisso com a justiça e seguridade global. A possibilidade de um líder brasileiro à frente da Interpol”, diz o delegado Luciano Leiro, presidente da Associação dos Delegados de PF (ADPF), amigo e apoiador da candidatura de Urquiza. Em campanha, o ministro da Justiça, Flávio Dino, e a Direção-Geral da PF têm mantido contatos com autoridades de outros países para apoiar a candidatura do delegado brasileiro e têm recebido apoio e respaldo de países parceiros.

Após as candidaturas, o Comitê Executivo avalia se os candidatos cumprem os requisitos para ocupar a Secretaria Geral, como ter experiência na área policial e de cooperação internacional, além do domínio de um ou mais idiomas oficiais da Interpol (inglês, francês, espanhol ou árabe). Maranhense de São Luís e com 42 anos, Urquiza entrou na PF em 2007. Ele já foi chefe da Divisão de Cooperação Policial Internacional da Polícia Federal e do Escritório Nacional Central da Interpol no Brasil. Também atuou junto a órgãos internacionais de polícia, como a Europol e a Ameripol, além da Secretaria Geral da Interpol e a Diretoria de Proteção a Comunidades Vulneráveis.


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