Equilíbrio. Essa era a busca de Gabriel Milito para o Atlético-MG. Contra o Vasco, a equipe conseguiu, dominou o adversário e conquistou uma vitória por 2 a 0, no domingo, na Arena MRV. O resultado fez o Galo alcançar no primeiro turno 49% de aproveitamento. O clube tem dois jogos a menos — Grêmio e Athletico — que seguem sem data.
A grande dúvida na escalação passava por quem seria o substituto de Guilherme Arana (suspenso) pelo lado esquerdo. A solução surpreendeu.
Milito escalou Fuchs, Battaglia e Otávio na defesa, com Junior Alonso posicionado pela esquerda. Contudo, quem abria o campo — na função de Arana — era Paulinho. Do outro lado, Scarpa foi mantido pela direita.
No meio-campo, o estreante Fausto Vera era responsável por organizar a equipe. Alan Franco atuou mais avançado, enquanto Hulk ficava centralizado e com liberdade para se movimentar na frente.
Desde o início, o Atlético dominou as ações da partida. Tinha a posse, encontrava espaços pelo meio e conseguia controlar o contra-ataque do Vasco sem grandes dificuldades. A circulação rápida de bola apresentava espaços para serem aproveitados. Contudo, a equipe pecava na escolha da jogada final, sem conseguir finalizar com tanto perigo. Isso mudou quando conseguiu realizar escolhas precisas e fez a zaga do Vasco balançar, sem cobrir toda marcação.
Em jogada pela esquerda, Paulinho encontrou um bonito passe para Scarpa, no outro lado. Com a bola, teve tempo e técnica para colocar a bola na cabeça de Hulk, que não desperdiçou. O gol deu ainda mais tranquilidade para o Galo. Ainda na primeira etapa, o camisa sete aproveitou um recuo de bola do adversário para recuperar a posse e ficar na cara do gol. Com categoria, ganhou do zagueiro e do goleiro para ampliar. Diferente dos últimos jogos, o Atlético chegou ao segundo tempo com um placar sólido e com a possibilidade de ser bem administrado. Isso teve um impacto direto na forma do time atuar.
A posse de bola foi do Vasco. Era a equipe visitante que ficava no campo de ataque a procura de caminhos para marcar. Do outro lado, o Atlético controlava o jogo sem a posse. Protegia bem a área, evitava perder duelos e se armava para sair em velocidade ao ataque. Não teve tanto sucesso na parte ofensiva, mas criou algumas oportunidades. O Atlético não deu nenhuma chance para o acaso e esteve no controle do resultado do início ao fim. Um passo importante para o clube manter a confiança e ir para a segunda etapa do Brasileiro mirando, pelo menos, um G-6.
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