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Tanzânia rechaça a vacina contra covid e diz que não há coronavírus

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De acordo com o governo da Tanzânia, que não publica dados sobre o coronavírus há meses, o país está “livre da covid-19”.

Existem poucos testes e nenhum plano para um programa de vacinação no país da África Oriental. Nesse cenário, é quase impossível avaliar a verdadeira extensão do vírus e apenas um pequeno número de pessoas tem permissão oficial para falar sobre o assunto.

Desde junho do ano passado, quando o presidente John Magufuli declarou o país “livre da covid-19”, ele, junto com outros altos funcionários do governo, zombou da eficácia das máscaras, duvidou que os testes funcionassem e zombou dos países vizinhos que impuseram medidas para controlar a disseminação do vírus.

“Se o homem branco conseguiu chegar a uma vacina, deveria já ter encontrado uma vacina para Aids, câncer e tuberculose”, disse Magufuli, que muitas vezes se declarou contra o imperialismo ocidental.

O secretário da Conferência Episcopal da Tanzânia, Padre Charles Kitima, disse que a igreja notou um aumento nos serviços funerários em áreas urbanas.

“Estávamos acostumados a ter uma ou duas missas de réquiem por semana nas paróquias urbanas, mas agora temos missas diárias. Definitivamente, algo está errado”, disse ele.

O ministro da Saúde disse que as declarações foram alarmistas.

A falta de dados oficiais torna difícil ter uma discussão pública com base em informações confiáveis.

Mas o governo não está em total negação, já que houve momentos em que parece ter reconhecido que o vírus pode existir no país.

Depois de visitar dois hospitais, o professor Mabula Mchembe, secretário permanente do Ministério da Saúde, disse que os pacientes com problemas respiratórios sofriam de hipertensão, insuficiência renal ou asma, em vez de coronavírus.

Mas uma declaração posterior na conta do Twitter do Ministério da Saúde de que “nem todos os pacientes internados no hospital têm corona” dava a entender que havia alguns que tinham, sim, o vírus.

O site de notícias Mwananchi divulgou que Mchembe encorajou as pessoas a usarem máscaras “não por causa do corona, como algumas pessoas pensam, mas para prevenir doenças respiratórias”.


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