A queda de 2% na produção industrial em julho na comparação com junho, apontada pela Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi puxada principalmente pelo segmento de automóveis. A retração foi de 5,4% na comparação com junho, quando foi registrada uma alta de 1,8%. Outros setores com forte queda foram farmacêutico (10,7% de queda em relação a junho), máquinas e quipamentos (-1,6%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-9,4%).
A queda na atividade industrial foi generalizada, segundo avaliação do IBGE, e contaminou 15 dos 27 ramos industriais. A maior queda, de 7,2%, foi no setor de bens de consumo duráveis. As outras categorias tiveram as seguintes variações: produção de bens de capital, -3,3%; bens de consumo semi e não duráveis, -1,5%; e os bens intermediários, -0,7%.
O setor de refino de petróleo e álcool foi o que apresentou maior alta entre os 11 indicadores que registraram produção industrial maior – 3,3% ante queda de 4,1% em junho. Em seguida, o setor de bebidas teve alta de 2,3%.
No item de Bens de Consumo, a redução no consumo das famílias impactou o indicador, segundo André Luiz Macedo, coordenador da pesquisa. Na comparação com julho de 2012, foram afetados, principalmente, os bens de consumo duráveis, como os automóveis (-1,65%), eletrodomésticos da linha branca (-2,8%) e também o segmento de outros eletrodomésticos, como ar condicionado e micro-ondas (39,8%).
A queda de 3,3% na produção de Bens de Capital em julho, está relacionada a um nível baixo de confiança do empresário, segundo Macedo. Apesar da retração, diz, o indicador acumula resultados positivos no ano, chegando a 14,2% de expansão em 2013. “A queda neste mês não elimina a alta de 6,5% em junho, o saldo ainda é positivo”, explica o coordenador da pesquisa.
Segundo análise do Itaú, a produção industrial continua com elevada volatilidade, alternando altas fortes com quedas expressivas. “Apesar das oscilações, a tendência era de crescimento. No entanto, esperamos uma reversão dessa tendência. Após a queda de julho, os primeiros dados de agosto também sugerem fraqueza. Diante disso, projetamos queda da produção industrial no terceiro trimestre deste ano”, avalia o banco.
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