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Aproveitamento do Galo no Brasileiro dobra com trio Cazares, Robinho e Fred

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Na escalação ideal de 90% dos atleticanos, a presença do trio Cazares, Robinho e Fred é certa. Os três são alguns dos jogadores mais talentosos do elenco alvinegro, com poder de decisão em apenas uma bobeira da defesa. A temporada 2017 está longe de ser a ideal daquilo que os atleticanos esperam do trio, mas os números mostram que, quando os três jogadores atuam juntos desde o início, o resultado é bem melhor.

Foi assim contra o Atlético-PR, na vitória por 2 a 0, em Curitiba, na estreia de Oswaldo de Oliveira no comando da equipe. A primeira medida do treinador foi voltar com Robinho no time titular, e o retorno foi com o pé direito. Com a manutenção de Cazares e Fred, o camisa 7 entrou e marcou os dois gols do triunfo, encerrando um jejum de 23 jogos.

Cazares, Robinho e Fred em campo, o aproveitamento do Galo é de 60% no Campeonato Brasileiro. São três empates e duas vitórias com o trio em apenas cinco jogos. Triunfos sobre Cruzeiro (C) e Atlético-PR (F) e igualdades com Sport (C), Palmeiras (F) e Ponte (C). Em contrapartida, quando os três não estão juntos desde o início dos jogos, o aproveitamento atleticano cai para menos 39,6% – menor do que o atual momento da equipe no Brasileirão, que é de 43,6%.

 

Em algumas partidas o trio não começou como titular, mas acabou jogando junto em algum momento e fez a diferença. Contra o Flamengo, na estreia no Brasileiro, Cazares entrou no intervalo e mudou a cara do time, que não pressionava muito e buscou o empate, quase virando o jogo. Contra o Atlético-GO, Robinho é quem saiu do banco e o Galo virou a partida em Goiânia, vencendo por 2 a 1.

Dos 26 jogos no Brasileiro, em 12 os treinadores não tinha um dos três à disposição, seja por suspensão, lesão ou convocação para a seleção. Das 14 vezes em que estiveram disponíveis, apenas cinco eles foram utilizados. Dos três treinadores no ano, Roger contou com a presença de Cazares, Robinho e Fred juntos em quatro partidas. Já Oswaldo de Oliveira optou por usar os três homens de frente logo na estreia, já conseguindo a estreia com vitória e aliviando a pressão sobre a equipe. Apenas Rogério Micale não utilizou o trio junto.

– A situação de Micale em relação ao trio era diferente. Talvez o treinador visualizasse a mesma dificuldade de recomposição da equipe com os três em campo, por isso de início não os utilizou. Ele, além disso, barrou Robinho e Fred pelo fato de apostar em um time sem os nomes de peso que não vinham dando retorno técnico. Há duas maneiras de se recuperar um jogador de peso em má fase: apoiá-lo, mesmo que signifique tirar do time um jogador que colabore mais coletivamente; ou entrar em confronto e exigir do jogador recuperação técnica nos treinamentos. Micale, ao que parece, apostou na segunda forma e isso criou uma situação complicada entre o treinador e, principalmente, Robinho, que naturalmente ficou desmotivado – comentou Henrique Fernandes, comentarista do Sportv.

Para Henrique Fernandes, outro fator crucial para o baixo aproveitamento atleticano é o retorno de Luan. De fora da maior parte do primeiro semestre, devido a problemas físicos, o atacante voltou ao time e ganhou espaço, dando mais segurança na marcação.

– No início do ano, sem Luan a disposição, o time recorreu a outras formas de manter o equilíbrio. Uma delas, que deu muito certo, foi a utilização de Elias mais avançado, com Rafael Carioca e Adílson mais fixos. Com Luan, o Galo passa a ter uma boa opção ofensiva com muito senso de colaboração defensiva. Pode ser importante para montar o ataque com o trio, mesmo correndo o risco de ter uma marcação menos eficiente em um dos lados do campo. Com isso, Valdívia pode acabar perdendo espaço.

A próxima chance do trio mostrar bom entrosamento é na quarta-feira, quando o Atlético-MG enfrenta o Londrina, pela final da Primeira Liga. A partida será às 21h45 (de Brasília), no Estádio do Café, no Norte do Paraná, com transmissão da TV Globo Minas.


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