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Centenas de criminosos argentinos são presos por cair na tentação de ver um jogo de futebol

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Na Argentina, 217 foragidos foram localizados este ano nos estádios por meio de um novo sistema, o Tribuna Segura, que controla o documento nacional de identidade nos acessos. A maioria, sabe que é procurada, mas não podem deixar de ir ver sua equipe. Até há pouco tempo, os torcedores, sobretudo os violentos, entravam arrasando. Nos vídeos policiais é possível ver como torcedores violentos chegam, rompem as cercas, ordenam à polícia que se afaste e entra em massa sem que ninguém controle nada. Mas o Governo de Mauricio Macri mudou o sistema. Pôs em ação a polícia militar, deu aos agentes telefones com um programa que identifica o DNI e obrigou todos a entrarem com documentos de identificação.

No primeiro dia caiu um homem no Ríver acusado de um duplo homicídio, recorda Guillermo Madero, responsável pelo programa Tribuna Segura. Desde então, todos os fins de semana são presos entre cinco e dez. Alguns são assassinos, outros ladrões, homens que cometeram abusos, estupradores, etc. São apenas algumas das mais de 50.000 pessoas com uma ordem de captura judicial contra elas na Argentina.

“Somos o grupo que encontra mais foragidos. É difícil compreender como alguém com ordem de busca e captura se dispõe a ver um River-Boca com 1.300 policiais. Mas são assim. O argentino tem tanta paixão que quando quer ir ao futebol nada o detém. O programa é pensado para não deixar entrar nos estádios os 3.500 torcedores violentos vetados por seus antecedentes violentos. Os dados são cruzados com os foragidos da Justiça e na rede caem assassinos e ladrões. Alguns tentam se esquivar dizendo que não trouxeram o documento. Pedem-lhes o número e dão um de um parente. Pode ser pior.

O futebol é o último reduto de pertencimento de uma sociedade esfacelada pela crise, explica Sacheri. “A área metropolitana de Buenos Aires teve tal nível de deterioração nos últimos 50 anos que a identidade dos homens foi sendo despojada de outros traços que antes eram mais definidos, de classe, de perfil de trabalho. Toda a ideia de progresso se diluiu e o clube é a grande reserva de identidade. O que vocês são na vida? São torcedores do Morón. Por isso caem de forma tão simplória e vão ao estádio mesmo com pedido de busca contra eles”.


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