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Renova? Gols, passes e posicionamento: um check-up do momento de Robinho

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Um pouco mais de um mês, Robinho mudou de perspectiva no Atlético-MG. Reserva com Rogério Micale, foi resgatado por Oswaldo de Oliveira. O atacante, então preterido, virou um dos alicerces do trabalho que tenta recuperar a equipe. Desde que Oswaldo assumiu, Robinho é o jogador mais decisivo do time, com seis gols e três assistências. Atuações que mantiveram acesa a chama de esperança para o Galo alcançar uma vaga na Libertadores de 2018 e que deram novo contorno para a discussão sobre a permanência ou não do atacante no Atlético-MG no ano que vem.

Oswaldo de Oliveira estreou no Atlético-MG contra o xará paranaense, dia 1º de outubro. De cara, recolocou Robinho entre os titulares. De bate-pronto, o atacante marcou os dois gols na vitória sobre o Furacão, por 2 a 0 (veja os gols no vídeo acima). Nos oito jogos seguintes pelo Campeonato Brasileiro, Robinho se destacou em seis. Em um, frente ao Sport, não atuou, por estar suspenso. No outro, assim como todo time, passou em branco (contra o Botafogo).

No triunfo sobre o São Paulo, Robinho não marcou e nem deu assistência, mas liderou o time. Na derrota para a Chapecoense (3 a 2), deu belo passe de calcanhar para o gol de Valdívia. Na reabilitação no clássico com o Cruzeiro, iniciou a jogada que resultou no gol de Otero e fez dois belos gols para sacramentar a vitória por 3 a 1 (veja no vídeo acima). Contra o Santos, mais uma vez, não conseguiu vencer o ex-clube. Porém, foi dele o cruzamento para o gol de Fred. O Atlético-MG perdeu por 3 a 1. Na rodada passada, voltou a fazer dois gols, no empate com o Bahia por 2 a 2.

A chegada de Oswaldo de Oliveira foi determinante para o resgate de Robinho. Essa é a terceira vez que eles trabalham juntos. Em 2005 e 2014, o atacante foi comandado pelo treinador no Santos.

– É fundamental a confiança do treinador. Eu sempre tive isso do Oswaldo. A gente trabalhou no Santos também. Claro que o meu crescimento se deve também à confiança que o treinador deu, me colocou na posição em que estou habituado a jogar. E aí as boas partidas e os gols estão voltando – diz Robinho.

Para Oswaldo, Robinho já não tem a força e a velocidade que marcaram a maior parte de sua carreira. Por outro lado, o jogador, que fará 34 anos em janeiro, ainda é uma referência técnica no futebol brasileiro.

– Fico até constrangido de falar do Robinho, porque eu gosto muito dele. É um cara que eu conheci em 2005, ele era bem jovem, voltei a trabalhar com ele em 2014 e estou de novo agora (trabalhando com ele). Está cada vez melhor. Cada vez que trabalhei com ele, ele está melhor. Exímio tecnicamente, inteligentíssimo, o segundo gol foi uma pintura, a maneira como ele domina e finaliza. Um jogador excepcional, uma pena que jogadores como ele passem no futebol. Vai ter uma hora que ele não vai conseguir mais, já não tem mais a força e a velocidade de outrora, mas, por outro lado, continua dando aula de comportamento técnico e de inteligência.

 Mas o que mudou?

Por que Robinho viveu altos e baixos com Roger Machado, técnico do time até junho, foi encostado por Micale e rapidamente recuperado por Oswaldo de Oliveira? Além da confiança passada pelo atual treinador, o posicionamento do atacante pode ajudar a entender o momento. O GloboEsporte.com, com mapas de calor, que reproduzem a movimentação do atleta em campo, produzidos pelo Footstats, tenta mostrar o que mudou.


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