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Família do Espírito Santo é separada ao tentar entrar ilegalmente nos EUA

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Entrada ilegal nos Estados Unidos aconteceu no início do mês de junho, pela fronteira com o México. A família aguarda um parecer do juiz de imigração para saber sobre o destino no país. a família do Espírito Santo foi separada tentando entrar ilegalmente nos Estados Unidos. Pai, mãe e dois filhos atravessaram a fronteira do país com o México no início do mês de junho. O pai, que é capixaba, foi preso. Eles fugiam de traficantes no Espírito Santo, segundo o advogado norte-americano Adolfo Lopez, que cuidou do processo criminal do capixaba na Justiça americana.

O advogado não soube informar em que contexto ocorreu a saída da família, no Brasil. A pedido dos entrevistados, a reportagem não vai identificar a família nesta reportagem. A prisão do capixaba aconteceu em meio à política de tolerância zero do governo de Donald Trump para a entrada de imigrantes no país. Desde maio, o presidente ordenou que todos os adultos que entrassem no país de forma irregular fossem presos e seus filhos, de 9 e 15 anos, separados deles. Segundo o advogado Adolfo Lopez, o capixaba continua detido em uma prisão masculina de segurança mínima, em Novo México. Ele consegue se comunicar com a família e aguarda o juiz de imigração para saber qual será seu futuro no país. A esposa chegou a ficar presa, mas já foi liberada. Uma amiga do casal disse que os filhos do capixaba estão em abrigos, recebendo alimentação adequada e indo para a escola. Eles também conseguem se comunicar com parentes e amigos.

Imigração

Quando um imigrante é preso, tentando entrar ilegamente nos Estados Unidos, ele pode responder em dois tipos de cortes americanas: uma criminal e outra de imigração. Para isso, ele precisa de dois advogados. No caso do capixaba, Adolfo Lopez atuou na questão criminal e orientou que fosse procurado um advogado que é especializado em imigração para cuidar do caso. O advogado explicou que o capixaba tentava entrar nos Estados Unidos pela fronteira com o México, acompanhado de outras três pessoas, todas brasileiras. Essas pessoas eram os dois filhos dele e a esposa.

Entrada ilegal

O capixaba saiu de Vitória e tentou entrar nos Estados Unidos pelo México. Meia noite e meia, a família foi vista a uma milha (cerca de 1,6 km) oeste da entrada de imigração da Ponte Internacional Paso Del Norte, na fronteira dos Estados Unidos com o México. Eles tentaram cruzar a ponte, mas foram pegos por agentes de imigração que faziam um trabalho de patrulha na região. “O agente observou o grupo andando no lado americano da estrada, fez a abordagem, questionou sobre os papéis de cidadania deles e todos se declararam ser cidadãos brasileiros”, completou Lopez. Ainda segundo o advogado, o capixaba estava assustado porque tinha fugido do Brasil por ameaças de traficantes em Vitória.

“A corte criminal sabe dessas ameaças, mas quem deve ouvi-lo sobre isso é a corte de imigração. A corte criminal fez poucas perguntas, se ele é cidadão americano, ou se os pais dele são, ou se ele tinha a documentação para entrar no país”, disse Lopez. O advogado explicou que o capixaba poderia ter tentado pedir asilo nos Estados Unidos, mas como atravessou a fronteira ilegalmente não teve direito a esse pedido. “Se ele quisesse asilo, teria que ter ido até a fronteira e dizer: ‘ei, eu quero asilo, porque meu país não está me protegendo’. Supostamente isso poderia ter acontecido, mas as coisas estão muito malucas por aqui e eles não estão deixando as pessoas entrarem mais, eles não estão deixando as pessoas atravessarem a ponte do México para os Estados Unidos nem para solicitar asilo. Eu não sei se mudaram isso, mas era assim que estava acontecendo”, explicou Lopez. Agora, o capixaba está respondendo criminalmente por tentar entrar de forma ilegal nos Estados Unidos e aguarda a corte de imigração para saber se será extraditado para o Brasil ou se vai receber asilo. Lopez não soube informar se ele já possui um advogado de imigração, mas disse que ele continua na prisão, em Novo México. Sobre os filhos e a esposa do capixaba, o advogado também não tem informações.


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