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EXTRA: Juiz determina que brasileiro de 9 anos detido na fronteira dos EUA seja entregue à mãe

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Diogo estava em um abrigo em Chicago há quase um mês. Ele e a mãe, Lidia Karina Souza, foram separados na fronteira ao chegarem aos Estados Unidos.

juiz federal em Chicago ordenou a liberação imediata do menino brasileiro Diogo, que foi separado da mãe, Lidia Karina Souza, na fronteira dos Estados Unidos com o México em 29 de maio, segundo a Associated Press. O juiz Manish Shah disse nesta quinta-feira (28) que Lidia pode ter a custódio de Diogo, que passou quatro semanas em um abrigo contratado pelo governo em Chicago. A mãe, que fez uma solicitação de asilo no país, foi solta de um centro de detenção para imigrantes no Texas no dia 9 de junho.

Lidia Karina Souza exibe tatuagem no pulso com o nome do filho Diogo, durante entrevista à Associated Press, na quarta-feira (27) (Foto: AP Photo/Charles Rex Arbogast)Depois de passar três semanas mantendo contato apenas por telefone, Karina conseguiu ver Diogo pelas primeiras vezes na noite da última terça-feira e na manhã de quarta. Segundo o advogado Jeff Goldman, ela entregou a ele comida, roupas e alguns brinquedos. Acompanhada por uma advogada de seu escritório, a mãe constatou que, apesar de triste, Diogo estva saudável e parecia bem.

Os dois foram separados em 29 de maio, graças à política de tolerância zero contra imigrantes ilegais do governo de Donald Trump, quando cruzaram a fronteira dos Estados Unidos. Lidia entrou no país em busca de asilo, mas por não ter feito isso em um posto adequado, foi considerada uma imigrante ilegal e detida. A jovem de 27 anos foi liberada em 9 de junho e está hospedada na casa de amigos de familiares no estado de Massachusetts desde então.

Audiência

Segundo a France Presse, a advogada representando o Departamento de Justiça, Sarah Fabian, tentou prolongar a detenção de Diogo no abrigo, afirmando ao juiz que precisaria de mais dois ou três dias para apresentar argumentos adicionais sobre questões constitucionais levantadas pelo caso porque tinha um voo para pegar dentro de poucas horas. Neste momento, a advogada de Lidia interveio. “Aprecio que o governo tenha voos. Mas tenho uma criança de nove anos sob custódia, sem permissão para ver a mãe. Cada hora que passa é difícil para ela e seu filho”, reclamou.

Asilo

O advogado Jeff Goldman diz que seu escritório irá dar entrada na próxima semana no pedido de asilo de Lidia Karina Souza. É praticamente impossível prever quanto tempo ele levará para ser analisado, mas enquanto isso acontece a brasileira terá autorização para permanecer nos EUA com o filho. “Atualmente, um caso leva até uns três anos, o sistema está quebrado”, diz. Ele lembra que há alguns meses o governo anunciou que iria acelerar a análise dos processos e que esperava emitir respostas em 30 dias. Pouco depois voltou atrás, porém, admitindo que esse prazo é inviável devido ao grande volume de pedidos.


Luto: Ignez Leite Oliveira Mccartney

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