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Nem 8, nem 80: oscilante apesar de recorde, Fla busca equilíbrio no returno

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Nem ao céu, nem ao inferno. Nem “segue o líder”, nem “rumo aos 45 pontos”. Nem avassalador, nem em queda livre. O Flamengo que começa o returno do Brasileirão, quinta-feira, às 19h30 (de Brasília), diante do Vitória, no Maracanã, busca algo que historicamente passa longe do Ninho do Urubu: equilíbrio.

Apaixonado e à flor da pele por natureza, o torcedor do Flamengo passeia por extremos com uma facilidade que salta aos olhos. E a campanha no primeiro turno do campeonato de 2018 evidencia isso. Se os 37 pontos representam a melhor metade da era dos pontos corridos, a marca acabou ocultada pelo baixo rendimento após a Copa do Mundo, que culminou no 3 a 0 para o Atlético-PR, em Curitiba.

Flamengo até a Copa: líder, 27 pontos, 75% de aproveitamento
Flamengo após a Copa: décimo, 10 pontos, 48%
Flamengo no turno: terceiro, 37 pontos, 64,9%

De início avassalador, o time de Maurício Barbieri acompanhou o Mundial da Rússia confortável, com 75% de aproveitamento nas 12 primeiras rodadas, 27 pontos e quatro de vantagem para o vice, Atlético-MG. Somente sete jogos depois, o cenário ligou o sinal de alerta no clube.

Melhor campanha pós-Copa leva São Paulo a título do primeiro turno; Flamengo é o 10º

Com dez pontos em 21 disputados, o Flamengo tem 48% de aproveitamento, somente o décimo no período pós-Copa do Mundo. Os quatro pontos que tinha de gordura agora o distanciam do líder São Paulo. Condição que ainda não assusta, mas leva a uma reflexão:

– Vai começar um novo turno. Tivemos um bom desempenho neste. Não terminamos em primeiro, mas entre os primeiros.

– Desde o início, falamos que pouco importa a liderança no começo, mas na última rodada, que é o objetivo. Temos ajustes para fazer como qualquer equipe. Temos pontos positivos para potencializar.

Um desses pontos positivos é a própria pontuação. Nunca o Flamengo terminou a primeira metade do Brasileirão no formato atual com 37 pontos. Nem mesmo nos três primeiros anos, quando eram mais jogos.

O recorde até então era de 36, em 2011, quando time comandado por Ronaldinho Gaúcho se viu um ponto atrás do Corinthians, que seria campeão, e terminou em quarto, apenas na pré-Libertadores.

Em 2009, ano em que foi campeão, era o sétimo ao término da 19ª rodada, com 29, oito atrás do líder Inter, e depois protagonizou arrancada que o coloca como um dos três vencedores da competição que não viraram o turno na ponta.

Cartas na mesa, lições do presente e do passado expostas, é hora que se equilibrar. Faltam 19 rodadas para apresentar uma faceta definitiva: a que quebra recordes ou a que oscila demais. Quinta, diante do Vitória, teremos o próximo capítulo.


Agenda Cultural 23/8/18, by Roger Costa

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