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Governo Trump passa a dar aos chineses o mesmo tratamento dos imigrantes islâmicos

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Os Estados Unidos vão suspender a entrada de cidadãos da China que sejam considerados como “potenciais riscos” para a segurança do país, anunciou hoje o Presidente norte-americano, Donald Trump. “Vamos suspender a entrada de certos cidadãos chineses que identificámos como potenciais riscos para a segurança” dos Estados Unidos, disse o chefe de Estado norte-americano, citado pela agência France-Presse, durante uma conferência de imprensa convocada para discutir as relações entre os EUA e a China, em Washington.

Ainda durante a conferência de imprensa na Casa Branca, Trump classificou como “uma tragédia” a legislação de segurança nacional para Hong Kong apresentada por Pequim. Na opinião do chefe de Estado norte-americano, a “ação do Governo chinês contra” aquela região administrativa especial chinesa “é a mais recente de uma série de medidas que diminuem o estatuto” de Hong Kong. “É uma tragédia para o povo de Hong Kong, para a China, e, de facto, para todas as pessoas do mundo”, lamentou Donald Trump, acusando Pequim de não manter “a palavra dada ao mundo” ao nível da garantia da autonomia da cidade.

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A Assembleia Popular Nacional (APN), órgão máximo legislativo da China, aprovou na quinta-feira uma lei de segurança nacional para Hong Kong, competência que cabe às autoridades do território, de acordo com a Lei Básica, a ‘mini-Constituição’ de Hong Kong. A lei aprovada proíbe “qualquer ato de traição, separação, rebelião, subversão contra o Governo Popular Central, roubo de segredos de Estado, a organização de atividades em Hong Kong por parte de organizações políticas estrangeiras e o estabelecimento de laços com organizações políticas estrangeiras por parte de organizações políticas de Hong Kong”. Na China continental, os tribunais recorrem frequentemente à lei de segurança nacional, incluindo acusações como “separatismo” ou “subversão do poder do Estado”, para prender dissidentes ou ativistas, que desafiam o domínio do Partido Comunista Chinês.

Rompimento com a OMS

Os Estados Unidos estão encerrando a parceria e ligação com a Organização Mundial da Saúde (OMS) a partir desta sexta-feira (29), depois que o presidente americano Donald Trump disse que a organização está sendo controlada pela China.

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Em um rápido pronunciamento no jardim da Casa Branca, Trump acusou a China de ter mentido sobre o coronavírus e ter permitido que o vírus se espalhasse pelo mundo inteiro. Ele também disse que o país asiático tem total controle da OMS, apesar de investir muito menos na organização que os EUA. O presidente já havia congelado as doações para a o OMS, depois de criticar o órgão e acusá-lo de não fazer o suficiente para conter a pandemia. Trump nunca decretou quarentena nacional, é contra o isolamento social e pede a reabertura da economia do país, medidas que são criticadas pela OMS. Hoje, ele disse que o país vai transferir os fundos e investimentos para outras organizações de saúde, mas não nomeou os destinatários do dinheiro. Trump também acusou a China de tentar roubar os segredos americanos e disse que vai proteger o avanço científico e tecnológico do país e o progresso para um tratamento contra a doença.

Fim da autonomia de Hong Kong

O presidente também comentou sobre a relação do país com Hong Kong, que perdeu o status de região autônoma na quarta-feira (27). Trump lamentou a decisão unilateral da China de ter “cerceado a liberdade” de Hong Kong, mas disse que vai retirar os acordos que tinha com a região.

Segundo Trump, Hong Kong estava “próspera e segura como uma região independente”, mas agora é vista como parte do governo chinês. Trump vai começar a investigar e estudar o registro de empresas chinesas que estão presentes nos EUA para proteger investidores de pessoas que “não seguem as mesmas regras” que eles. As sanções também serão aplicadas na entrada de alguns chineses que podem ser vistos como perigo para os EUA. Oficiais de Hong Kong vão entrar na lista, lamentou o presidente.


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