Emprestado pelo Atlético-MG, Terans se destaca no Peñarol, mas opção de compra é improvável

Um dos jogadores emprestados pelo Atlético-MG em 2020 vem se destacando na temporada, o que animaria a diretoria do Galo no que diz respeito a uma possível venda. Entretanto, ainda que haja gols e assistências que transformem David Terans em protagonista no Uruguai, o Peñarol não teria poderio financeiro para comprá-lo.

O ge apurou, com pessoas ligadas ao jogador, que o Peñarol, assim como o futebol uruguaio em geral, passa por situação econômica delicada para comprar jogadores do exterior, mantendo a política (e até mesmo a escola) de revelar jogadores para a Europa, vide o jovem Facundo Pelestrini, de 18 anos, na mira de Real Madrid e Man City.

O Peñarol tem o direito de exercer a compra de David Terans em dezembro, quando o contrato do meia-atacante terminará por lá. O valor do “passe fixado” não é divulgado pelos dois clubes. Nada impede, por exemplo, de o Peñarol fazer uma oferta menor para adquirir o atleta em definitivo, mas passaria por uma nova ronda de negociações junto ao Galo

A maior chance, entretanto, é de que o clube uruguaio amplie o empréstimo do jogador de 26 anos. Por lá, Terans tem 12 jogos, 7 gols e 2 assistências. É o artilheiro da equipe na temporada, e o vice-goleador da Primeira Divisão uruguaia.

David Terans foi comprado pelo Atlético em julho de 2018, após justamente brilhar no país natal. Ele era jogador do Danubio, artilheiro do Apertura daquele ano com 10 gols em 14 jogos. Pelo Galo, em um ano e meio, foram dois gols em 33 jogos, quase todos como reserva. Ele custou US$ 1,6 milhão, quando o Rentistas, detentor dos direitos econômicos, vendeu 70% do atleta.

O Atlético, recentemente, foi acionado pelo Rentistas na Fifa, que cobra quase US$ 828 mil (R$ 4,7 milhões) não pagos pela transação. O clube brasileiro recebeu ordem para quitar a dívida, mas já recorreu ao TAS/CAS (Corte Arbitral do Esporte), o que “congela” a obrigação de pagamento até a decisão em segunda instância.