Os agentes de imigração e fiscalização alfandegária começarão a usar câmeras corporais para registrar suas interações com imigrantes e o público em cinco cidades dos EUA, anunciou na quarta-feira o diretor interino do ICE, PJ Lechleitner.
Depois que um programa piloto de seis meses foi considerado bem-sucedido, o ICE começará a exigir que os agentes que trabalham com Investigações de Segurança Interna, bem como os responsáveis pela prisão e deportação de migrantes, usem câmeras em seus uniformes em Baltimore, Filadélfia, Washington, D.C., Buffalo e Detroit.
“Isso promove a transparência e mantém a confiança do público”, disse Lechleitner. O programa está em conformidade com uma ordem executiva de 2022 assinada pelo presidente Joe Biden para exigir a adoção de políticas de câmeras corporais para todas as agências federais de aplicação da lei. Mas sem mais dinheiro do Congresso, disse Lechleitner, o ICE não conseguirá expandir o uso de câmeras corporais para outras cidades, além dessas cinco.
Lechleitner disse que o ICE enfrenta um déficit orçamentário a menos que o Congresso aproprie mais dinheiro. A lei de dotações através da qual a agência é atualmente financiada expirará em 22 de março. Sem mais financiamento, o ICE enfrenta um déficet orçamental de 500 milhões de dólares e terá de começar a cortar “operações-chave”, incluindo a detenção e deportação de imigrantes, até maio, disseram fontes. O ICE é supervisionado pelo Departamento de Segurança Interna.
Quatro agências de aplicação da lei supervisionadas pelo Departamento de Justiça – o FBI, o Bureau de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos, a DEA e os US Marshals – disseram que estão implementando o uso de câmeras corporais pelas autoridades em cidades específicas, como a NBC News relatou anteriormente. O Departamento de Justiça disse estar “comprometido com a implementação total”, mas as agências ainda não adotaram amplamente o uso de câmeras corporais.
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