Gustavo Rocha encerrou nesta quinta visita às cidades americanas onde crianças estão abrigadas. Governo brasileiro dá auxílio jurídico para famílias de imigrantes.
Ministro dos Direitos Humanos (MDH), Gustavo Rocha, encerrou nesta quinta-feira (19) a viagem aos Estados Unidos onde acompanhou a situação das crianças brasileiras separadas dos pais quando as famílias tentavam entrar de forma ilegal no país. Cerca de 50 crianças estão em abrigos americanos. De acordo com Rocha, a principal iniciativa do ministério durante a viagem foi viabilizar a reunião com as famílias e possibilitar que elas retornem como saída voluntária, e não como deportações. O governo brasileiro está dando apoio jurídico para a medida, explicou o ministro. “Para a criança, o melhor interesse é que ela tenha essa saída voluntária, porque isso não impede que ela venha aos EUA no futuro, como seria o caso da deportação.”
Segundo o ministério, consulados, escritórios e Organizações Não Governamentais especializadas estão dando suporte ao trabalho. “Ter um impedimento desses tão jovem é uma questão muito séria, tendo em vista que não foi ela quem deu causa a este processo. É importante que ela possa ter essa escolha no futuro”, disse o ministro. Representantes do MDH continuam nos Estados Unidos para dar continuidade às tratativas enquanto o ministro deverá organizar a logística para o retorno das crianças e das famílias para o Brasil. A expectativa é que todos estejam reunidos até o próximo dia 26, como determinou a Justiça americana.
No final de junho, durante a visita ao Brasil do vice-presidente dos EUA, Mike Pence, Michel Temer afirmou que estava disposto a colaborar com o retorno das crianças que, naquele momento, estavam separadas dos pais. Gustavo Rocha viajou para os Estados Unidos no último dia 14. Para ele, além de trazer as famílias de volta ao país é preciso iniciar um trabalho de conscientização sobre o assunto. “É importante que a gente faça essa sensibilização. Numa situação dessas, de mudança de país, por exemplo, o interesse que tem que ser protegido é o da criança. A vinda ao país nestas condições irregulares não cumpre este melhor interesse. Voltando ao Brasil vamos avaliar como é a melhor forma de fazer esse esclarecimento”, disse ele.
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