Nos últimos dois meses, a cada entrevista ou pronunciamento de um dirigente do Flamengo, não interessa o assunto em questão, se tornou comum o apelo para que os torcedores adquiram pacotes e façam parte do novo programa de sócios do clube. A ideia elogiada por todos no início, porém, começa a causar desconforto nos bastidores do rubro-negro. Tudo pelo tom agressivo adotado pelo departamento de marketing do clube.
Inicialmente, a ordem era ressaltar a ideia de que o clube só conseguiria investimentos para reforçar o time de futebol com as receitas do programa. A tática de utilizar o desejo do torcedor por uma equipe melhor para expandir o sócio-torcedor foi levemente criticada, mas nada que atrapalhasse a diretoria.
No último domingo, porém, uma mensagem na conta oficial do clube no Twitter gerou uma onda de reclamações que superou a fronteira das redes sociais na internet e chegou aos corredores da Gávea.
“Não fique só reclamando, faça alguma coisa. Ajude o Flamengo e seja sócio-torcedor”, dizia a mensagem do clube, apagada pouco tempo depois por conta da repercussão negativa imediata.
Conselheiro, sócio do clube há mais de 20 anos e um dos principais articuladores políticos da campanha que levou o grupo da atual direção ao poder, Marcello Tijolo demonstrou a insatisfação de parte da torcida com a atual estratégia para expandir o programa de sócios e alguns discursos utilizados.
“Apoiamos muito essa gestão desde a campanha para a eleição, mas também vamos cobrar quando as coisas estiverem erradas. E, neste caso, com este discurso, não vamos aceitar”, disse o conselheiro, um dos responsáveis ainda por intermediar o apoio do ídolo Zico à gestão do presidente Bandeira de Mello.
Comments