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Léa Campos: É Natal, Presépio do Pipiripau

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Todo ano é tudo igual, as ruas, as lojas, as casas, se vestem de verde, vermelho, dourado e branco para anunciar o Natal.
A maioria se preocupa com comidas, bebidas, presentes e amigos ocultos, tudo deve sair perfeito, para que a anfitriã seja lembrada pela festa
oferecida e pelos detalhes da mesma.
Certos costumes já não são lembrados, como as pastorinhas, a Missa do
Galo. Até hoje não entendi a razão do nome, nem mesmo os presépios que
eram feitos em casa são vistos hoje.
Quando vamos a uma festa de aniversário, sempre levamos uma lembrancinha
para o aniversariante, não entendo porque não fazem o mesmo com Jesus, afinal é o aniversário dele.
Belo Horizonte se orgulha de mostrar ao mundo um presépio que é pura
arte. Um presépio que foi idealizado por um mecânico, sr. Raimundo Machado que iniciou sua construção em 1906 e levou 82 anos para ser terminado.
São mais de 3 mil peças em movimento, em meio a trovões e chuva.
O Pipiripau mostra em 45 cenas o nascimento de Jesus mexendo os
pezinhos na manjedoura e sua morte, com visualização de raios e trovões
e evidentemente a ressurreição.
É a história de Jesus revelada em várias cenas. O presépio tem, além da religião, cenas do dia a dia de Belo Horizonte.
As igrejas com as procissões, a lavadeira, o sanfoneiro, enfim tudo o que
possa mostrar o mais simples e natural da vida diária.
O Pipiripau foi tombado em 1984 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico (IPHAN).
Um presépio movido a barbante, carretéis de linha, polias, mecanismos de
relógios, radiola, gramofone e todo tipo de maquinário que seu criador
foi conhecendo por décadas, todo esse engenhoso trabalho de criatividade
faz do pipiripau uma das mais significativas demonstração da arte popular
da Capital das Alterosas, nossa querida Belo Horizonte.
Sem sombras de dúvida, o ser Raimundo mostrou como os personagens que ele construiu aliam a religiosidade do povo mineiro, a simplicidade de seu
cotidiano e o deslumbre com os engenhos.
Sem dúvida é um presépio inusitado e ao mesmo tempo divertido, afinal
são 500 personagens tipicamente mineiros, movendo-se e narrando a vida
de Cristo em 45 cenas.
Se você, Mineiro ou não, se você ainda não conhece este presépio, que para nós é uma verdadeira joia, não perca a chance de visitá-lo.
É emocionante ver como o homem pode criar coisas tão bonitas com tanta
criatividade e carinho.
Uma única visita não será suficiente para ver tudo, pois são muitos os
movimentos.
O endereço para conhecer o pipiripau é Av. Gustavo da Silveira 1035,
Horto, dentro do Museu de História Natural da UFMG – Fone: (31) 3409-7650.
A oportunidade única de conhecer um trabalho tão minucioso e artístico
nunca deve ser perdida.
À todos que me acompanharam durante o ano que está chegando ao fim,
desejo um Natal com alegria, saúde, mas acima de tudo que se lembrem
que Jesus vive em cada um de nós, por isso merece uma comemoração
diferente, lembrando que o aniversariante é ele e não os amigos e
parentes.
Feliz Natal!!!!

Informar é um privilégio, informar corretamente uma obrigação.

Léa Campos


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