Ganhar ou perder, eis a questão. Os jogos começam empatados e temos 90 minutos para apontar um vencedor.
Na Copa de 2014, tivemos vários jogos decididos em prorrogações e penalidades máximas.
Nossa seleção não teve esquema tático, não teve jogadas ensaiadas, não teve conjunto e para completar não treinou.
Era a preocupação de Felipão em não deixar os espiões ou mesmo a nossa mídia mostrar os treinos ou as ” estrelinhas” se achavam tão bons que nem de treino precisavam?
A goleada aplicada pela Alemanha foi a melhor coisa deste Mundial, pois castrou a arrogância, a petulância e o pedantismo de todos que representaram nosso país nessa vexatória caminhada.
De qualquer forma a CBF (Confederação Brasileira de Falcatruas) deve estar contente, pois receberá uma graninha boa da FIFA.
O pagamento aos participantes ficou assim distribuído:
– Eliminados na primeira fase (16 equipes) receberão R$17 milhões de reais, cada uma;
– As eliminadas nas oitavas de final receberão R$20 milhões de reais;
– As que foram eliminadas nas quartas de final receberão R$31 milhões de reais cada;
– O quarto colocado recebe R$44 milhões de reais;
– O terceiro lugar fez jus a R$48 milhões (R$4 milhões a mais do que o Brasil);
– O vice-campeão R$55 milhões e o campeão R$77 milhões de reais.
Não sei se esse dinheiro será dado como gratificação aos jogadores, já que o prêmio é estabelecido antes de começar a competição.
De qualquer forma para a CBF o prêmio por aquilo que ela deixou de fazer está de bom tamanho.
Quanto à premiação da FIFA (federação internacional de falcatrua administrada) foi a seguinte a distribuição:
– Bola de ouro: melhor jogador da copa (ou seria o pior?) Messi, ele próprio não entendeu o porquê do prêmio;
– Bola de prata de prata: Müller;
– Bola de Bronze: Robben (Holanda);
– Chuteira de ouro: James Rodrigues (Colômbia) 6 gols;
– Chuteira de prata: Müller (Alemanha) 5 gols;
– Chuteira de bronze: Neymar (Brasil) 4 gols;
– Luva de ouro: Neuer (Alemanha), poderia ter dado uma também a Memo Uchoa, considerado pela mídia internacional o melhor goleiro da Copa;
– Jogador mais jovem: Pogba (França);
– Fair Play: Colômbia, este prêmio fez justiça não somente ao selecionado como também ao jogador Zúñega, pelo que falaram dele, pelas ameaças que sofreu e por ter sido chamado de carniceiro. Para nós esta palavra significa barbárie para quem fala espanhol significa açougueiro.
O discurso da presidente, que não conhece nem protocolo de premiação num evento como este, faz ênfase ao sucesso da copa, como ela diz “Copa das Copas”. Ou ela é retardada, ou se faz, para não pagar mais vexame. O sucesso da Copa se deve ao povo brasileiro, pelo carisma e pela hospitalidade com que recebeu os turistas.
Como dizia o velho “Kafunga”: “o povo brasileiro é muito hospitaleiro”.
O governo não teve participação na forma com que recebemos os turistas, até os índios foram mais educados do que a chamada presidente.
Lógico que ela vai usar isso como argumento na campanha dela, mas somente os mais desprovidos de conhecimento acreditarão nas mentiras e enganos dessa represente do COLINA.
Perdemos a Copa em casa pela segunda vez, gastaram o que não precisava ser gasto por exibicionismo, para se mostrar ao mundo como um país de primeiro mundo, o que está longe de ser.
Enquanto não houver investimento em educação, saúde, segurança, saneamento básico, energia, e tudo que nos faz falta o Brasil continuará amassando barro.
Agora buscam culpados. Não precisa pesquisar para saber onde erraram. Nossa seleção não planejou para ser campeã, confiou na sorte, se convenceu de que é a melhor do mundo e confiou num time sem experiência e em um jogador cuja máscara pesa uma tonelada e não teve outro para substituí-lo. Por quê? Porque nosso time está carente de craques. Em 62 Pelé se machucou no segundo jogo e o Brasil foi campeão sem ele. Em 70 tínhamos uma seleção que qualquer um que entrasse daria conta do recado sem prejudicar o todo, mas naquele então os 22 jogadores foram preparados para ganhar, jogavam no Brasil, foram treinados juntos, tínhamos tudo o que faltou a atual seleção.
Não adianta ter um super local para hospedar os jogadores (Granja Comari) se os campos não foram utilizados para treinar os jogadores, os treinos eram feitos apenas nas piscinas, se esqueceram de dizer ao técnico que o jogo não era aquático, agora não adianta buscar culpa ou assumi-la.
A culpa é do governo que não assumiu a Copa como uma participação brasileira e sim como um trunfo eleitoreiro.
Futebol é circo e o que precisamos é de pão.
Informar é um privilégio, informar corretamente uma obrigação.
Léa Campos
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