Escrever é um dom que não se aprende em escola, é uma inspiração controlada pela emoção de quem escreve. Quando se estuda letras, jornalismo e advocacia por exemplo, aprendemos normas para executar uma redação, quer seja no estudo de línguas, no jornalismo, onde além, de formar o corpo escrito, temos que elaborar as entrevistas e depois levá-las para o papel.
Em advocacia, os advogados têm que fazer o corpo de uma defesa, existem advogados tão dedicados que são capazes de transformar suas defesas em poesias e até poemas.
Enfim, cada profissão nos conduz por um caminho diferente, algumas pessoas se dedicam em plasmar no papel suas inquietudes e vivências, nascendo aí grandes poetas e grandes escritores, alguns nem têm preparo acadêmico, como é o caso dos cordéis. Hoje entretanto, vou contar uma história que me emocionou muito por sua forma simples, mas determinante de passar para o papel um sentimento que está desaparecendo pouco a pouco.
Trata-se de uma redação de uma menina de 14 anos que buscou em nosso Hino Nacional as respostas para aqueles que não têm o que comer.
Na cidade de Joinville houve um concurso de redação na rede municipal de
ensino. O título sugerido pela professora foi:” Dai pão a quem tem fome”. A
surpresa foi grande quando descobriram que a redação que conquistou o
primeiro lugar pertencia a uma menina de apenas 14 anos de idade.
A garota se inspirou exatamente na letra de nosso Hino Nacional para escrever
um texto, demonstrando que os brasileiros verde-amarelos precisam perceber o verdadeiro sentido de patriotismo.
Segue o que teor da redação que a menina escreveu, numa demonstração de amor à Pátria e uma lição a tantos brasileiros que já não sabem mais o que é este sentimento cívico.
EIS O TEXTO PREMIADO:
“Certa noite, ao entrar em minha sala de aula, vi num mapa mundi, o nosso
Brasil chorar:
O que houve meu Brasil brasileiro? Perguntei-lhe! E ele, espreguiçando-se em seu berço esplêndido, esparramado e verdejante sobre a América do Sul, respondeu chorando, com suas lágrimas amazônicas: Estou sofrendo. Vejam o que estão fazendo comigo…
Antes, os meus bosques tinham mais flores e meus seios mais amores.
Meu povo era heroico e os seus brados retumbantes.
O sol da liberdade era mais fúlgido e brilhava no céu a todo instante.
Onde anda a liberdade, onde estão os braços fortes? Eu era a Pátria amada, idolatrada.
Havia paz no futuro e glórias no passado.
Nenhum filho meu fugia à luta. Eu era a terra adorada e dos filhos deste
solo era a mãe gentil.
Eu era gigante pela própria natureza, que hoje devastam e queimam, sem
nenhum homem de coragem que às margens plácidas de algum riachinho, tenha a coragem de gritar mais alto para libertar-me desses novos tiranos que ousam roubar o verde louro de minha flâmula.
Eu, não suportando as chorosas queixas do Brasil, fui para o jardim.
Era noite e pude ver a imagem do Cruzeiro que resplandece no lábaro que o
nosso país ostenta estrelado. Pensei… Conseguiremos salvar esse país sem braços fortes? Pensei mais… Quem nos devolverá a grandeza que a Pátria nos traz? Voltei à sala, mas encontrei o mapa silencioso e mudo, como uma criança
dormindo em seu berço esplêndido.”
É UMA REDAÇÃO QUASE INFANTIL, MAS DE UMA PROFUNDIDADE SEM LIMITES. NESTA MENINA ESTÁ A ESPERANÇA DOS JOVENS QUE LUTAM PELO DIA DE AMANHÃ.
Tenho dedicado minhas crônicas às mulheres que independentemente da idade buscam no futebol a realização de um sonho e um futuro melhor, mas não podia deixar de publicar esta redação, porque a sensibilidade dela nos faz viajar em busca da terra prometida.
Prometida por nós mesmos e para nós mesmos.
Quero aproveitar e pedir aos que me honram lendo minhas crônicas, para assistirem meu programa de TV online, que está no ar de 2ª a 6ª às 2h00 pm. no site: www.tigueritostvnetwork.com. Espero que gostem.
Olá, Léa. Gostei da redação da menina, mas gostaria de saber o nome dela. Este texto foi interpretado por dois amigos cegos e gravado apenas em áudio.
Estou pesquisando este texto, aparentemente ele é um boato (HOAX) porque não se encontra nem o nome da menina, nem nada sobre o concurso. E todos que o publicam falam como se o conscurso tivesse acabado de acontecer.
Achei publicações com datas iniciando em 2002 e voltando a acontecer a cada 3 ou 5 anos, sempre como se fosse algo inédito, tipicamente como um Hoax.
Alguém tem informações concretas sobre a “Menina” ou o “Concurso”, quem foi o segundo lugar, em que instituição ele aconteceu, onde foi a premiação… Não encontrei nada!