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O que faltou para o Atlético-MG repetir 2014 e aproveitar melhor a base?

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Diferente do ano passado, Levir Culpi não aproveitou bem as crias da base no time do Atlético-MG. Quando precisou de peças para armar a equipe, o treinador recorreu a outros jogadores, mas pouco utilizou os atletas que saíram de 2014 em alta, como os garotos Dodô, Carlos e Eduardo. A frequência do trio em campo foi baixa e na maioria das vezes se limitou a poucos minutos nas etapas finais das partidas, Nenhum outro jogador das categorias de base se destacou o suficiente para o treinador utilizá-lo na turma principal. Mas isso tem uma explicação, pelo menos para Levir, que acredita que o estilo de jogo treinado na base dificulta a adaptação dos jovens nos profissionais.

“Essa é uma boa questão. Acho que não foi bem (aproveitada, as categorias de base). Quando cheguei aqui, o (Rogério, técnico das categorias de base do Brasil) Micale era o técnico da base. Veja como é o erro estratégico dos clubes. O Micale jogava com as linhas das categorias de base, com o goleiro bem adiantado. Eu, no profissional, não. Isso é um erro. Por isso no Barcelona os jogadores chegam ao profissional e não sentem tanto, o esquema é parecido. Então é engraçado, que aí o profissional começou a jogar um pouco mais encurtado”, disse Levir.

Dos jovens atletas, Carlos é quem mais foi aproveitado, 38 vezes. Dodô entrou em campo por 25 ocasiões e Eduardo somente em quatro. O zagueiro Jesiel treinou com os profissionais e esteve presente constantemente na lista de relacionados para os jogos, mas sequer entrou em campo em uma ocasião.

Neste final de ano, a maior surpresa positiva para os jovens no clube foi a recente convocação de Jemerson para a Seleção principal de Dunga. O zagueiro foi chamado após a expulsão de David Luiz, contra a Argentina. Na Seleção Olímpica, o goleiro Uilsson também foi lembrado por Rogério Micale e esteve com o grupo canarinho nos últimos amistosos contra a equipe sub-23 dos Estados Unidos, na semana passada.

“O trabalho nas categorias de base do Atlético é muito bom, só que precisa de uma sustentação no profissional. Se não pensa dessa maneira, o trabalho na base fica picotado, vai pinçar dois jogadores pela qualidade, mas que não sabem o que fazer, precisam se adaptar novamente no profissional. Isso é uma coisa que pode ser melhor resolvido para a temporada que vem. Conversei bastante com o Diogo (Giacomini), o trabalho é muito legal, tem bons jogadores, mas temos que trabalhar em conjunto no calendário e no desenvolvimento tático e técnico. Se acontecer da minha permanência, vou provocar esses encontros”, completa, Levir.


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