Léa CamposNotícias

Léa Campos: Colômbia Sai na Frente

0

lea-campos-colombia-2Quando se leva a sério, tudo é possível.

Creio que Brasil teria as melhores chances de sair na frente, mas a inércia dos homens que trabalham no futebol, não permite que levem o futebol feminino a sério.

Apesar de contratar mulheres para trabalhar na CBF, o cenário não muda. 

O mesmo aconteceu no Ministério do Esporte, nada mudou até hoje.

lea-campos-colombia-1Certos cargos existem apenas para dar status social, mas não dão retorno ao objetivo inicial.

A Colômbia, apesar de não ter a melhor do mundo, eleita por cinco anos consecutivos, e segundo dizem termos o melhor futebol do planeta, nossas mulheres continuam renegadas ao segundo plano, enquanto os colombianos têm visão diferente e por isso mesmo aportam para que o futebol feminino seja uma realidade e não apenas um esporte esporádico de exibicionismo.

Colômbia crê no potencial de suas meninas e por isso dão a elas o apoio que buscam.

Acaba de ser criada a Liga Profissional de Futebol Feminino Colombiano, o que, sem dúvida valorizará as meninas que buscam no futebol, uma profissão como qualquer outra.

O futebol feminino é profissional em vários países, por isso os que querem acompanhar o desenvolvimento desse esporte devem apoiar a criação de ligas femininas em seus países, porque somente assim conseguiremos fazer com que o futebol feminino seja visto como algo real e não somente como um passatempo.

Precisamos de apoio nas escolas em todos os níveis, nas associações comunitárias, nos clubes profissionais e amadores para que tenhamos o retorno que buscamos e que respeitem essa escolha.

Da mesma forma que aceitamos homens nas cozinhas, nos salões como esteticistas e em outras profissões outrora tidas como femininas, exigimos que respeitem nossa escolha de fazer parte do esporte mais emocionante do mundo, seja jogando, apitando jogos, treinando ou como dirigentes.

Os benefícios dos esportes são incontestáveis, o futebol por exemplo, se bem planejado poderia evitar e até tirar muitas crianças da obesidade.

O futebol feminino precisa não apenas de visibilidade, precisa de respeito, apoio e que todos os que estão ligados ao futebol apoiem essas meninas que querem mostrar que também podem ser as melhores do mundo.

Americanos, suecos, canadenses, japoneses e outros países apoiam suas mulheres para que possam praticar o esporte mais apaixonante do mundo, sem proibir os times mistos, meninas e meninos jogam na mesma equipe sem discriminação, na hora do jogo todos têm direitos iguais.

Esporte não tem sexo.

Países que não possuem um recorde de futebol já começam a ver o futebol como opção profissional para criar trabalho para essas meninas que creem que o futebol é o caminho correto para se tornarem independentes.

Este é o caso da República Dominicana que já criou sua liga, já construiu um estádio para futebol feminino e aposta na modalidade.

Se Santo Domingos que não possui um passado futebolístico acredita nas meninas, por que outros países não fazem o mesmo?

Colômbia realmente sai na frente, e em breve veremos este país com suas “chicas” participando de eventos futebolísticos com a mesma garra de James Rodrigues e outros.

É uma questão de tempo para que o “país cafeeiro” se mostre ao mundo com o melhor futebol feminino.

Temos que mudar a mentalidade de alguns mentores do futebol, já estamos no Século 21 e a mulher não pode ser vista apenas como objeto de exibição, temos nosso sonhos, nossos ideais e nossas metas, só precisamos que reconheçam que se queremos podemos.

Vamos continuar lutando para que outros países sigam o exemplo colombiano e profissionalizem suas meninas no futebol.

Para ser um triunfador é preciso lutar e a vitória só chega para os que lutam por ela.

 

Informar é um privilégio, informar corretamente uma obrigação.

Léa Campos


Social Press . 20/10/2016

Previous article

Movie Review: “A Stray” follows a young man in search of meaning and prosperity

Next article

You may also like

Comments

Leave a reply

O seu endereço de e-mail não será publicado.

More in Léa Campos