Segundo Gianni Infantino, recém-eleito presidente da FIFA, a partir de 2026 o Mundial de Futebol será ampliado dos 32 atuais para 48.
É uma promessa de campanha feita à CONCACAF, entidade que foi presidida por ele, que ele busca a forma de cumprir, evidentemente com o esforço dos outros.
Ditas mudanças, tanto no torneio como nas eliminatórias serão anunciadas em março do corrente ano.
Essa ideia já começa a provocar um terremoto no futebol mundial.
O temor da FIFA no que se refere à arrecadação nas eliminatórias sul-americanas a leva a pensar em unificar as referidas eliminatórias com as da CONCACAF, para reaver os lucros, diminuir prejuízos e aumentar os preços de transmissão.
A unificação obrigaria as seleções da Conmebol a viajar todo o continente em busca da classificação, o que segundo o mandatário do futebol mundial, geraria mais interesse e mais dinheiro.
Creio que várias seleções jogariam sem apoio de suas respectivas torcidas, pois tais viagens são caras e desconfortantes.
Uma coisa é viajar para assistir um mundial, outra bem diferente é viajar todas as vezes que a seleção de cada um for fazer um jogo.
Uma mudança num sistema que já dura quase 100 anos não será fácil de assimilar.
Com novas seleções a entidade prevê uma renda superior a 600 milhões de dólares, 35% a mais do que foi arrecadado no Mundial 2014 no Brasil.
O impacto seria universal. Na América do Sul, a previsão é de que ficaríamos com 7 postos, como são apenas 10 países, 3 ficariam fora do mundial, aí reside o medo de que, com eliminatórias que duram 2 anos, o interesse se esvaziaria ainda mais.
As atuais eliminatórias iniciaram em outubro de 2015 e terminarão em outubro próximo, sendo que o jogo da repescagem entre as seleções da Oceania e da Conmebol será em novembro.
É desgastante, até mesmo para a imprensa, que teria que pagar mais pelo direito de transmitir os jogos eliminatórios.
Para evitar perdas financeiras, a FIFA quer unificar a competição em busca de uma vaga.
A princípio, os dirigentes da CONCACAF previam que teriam mais chances financeiras e de classificar, agora “caíram na real”, por ver que terão que enfrentar os sul-americanos, que evidentemente estão em melhor patamar que eles.
Ao final da fritada dos ovos, nem gregos nem troianos estão felizes.
Se havia esperança de melhorar as finanças para sul-américa, agora o que há é o rechaço das seleções centro-americanas e do Caribe, que ao se verem obrigadas a jogar com as seleções do sul viram suas esperanças de classificação diminuídas.
Gianni Infantino, está se iludindo com o dinheiro do futebol, não levando em conta as dificuldades que serão impostas com essas mudanças malucas.
Em time que está ganhando não se mexe.
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