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Léa Campos: Prejuízo Moral

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Evidentemente que para o governo não significa muito, principalmente para um presidente retrógado e recalcitrante como o que ocupa a casa branca neste momento, mas para o desenvolvimento do futebol, (soccer) sem dúvida é um grande retrocesso.

Júlio Mazzei e “Pelé” lutaram muito para que Estados Unidos fossem recebidos pela FIFA, o que ocorreu depois de cumprir algumas normas apresentadas pela entidade máxima do futebol.

Em 94 a luta desses dois brasileiros foi recompensada com a realização do Mundial de Futebol na terra do beisebol.

Era um feito impensado por muitos, mas aconteceu.

Foi tanto o sucesso dos Estados Unidos ao anfitrionar o evento, que o país quer repetir a dose.

Entretanto tudo isso está em veremos, pois a FIFA na voz de seu presidente, Gianni Infantino, disse que se não houver mudanças no que se refere ao veto imigratório, os Estados Unidos perdem a chance de receber o mundial 2026.

O dirigente maior da entidade enfatiza que se é vontade do país sediar dito mundial, terá que permitir a entrada de jogadores, dirigentes, árbitros e torcedores, sem isso nada feito.

Em discurso proferido em Londres dia 9 do corrente mês, Infantino advertiu que o novo e controvertido veto a cidadãos de seis países, maioria muçulmanos poderá impedir que Estados Unidos recebam a copa mencionada.

É uma lástima a atitude do governo, pois será o primeiro mundial que contará com 48 equipes.

Sabe-se que o país é o favorito para albergar a competição, quer seja uma candidatura individual ou conjunta com México e Canadá.

” Quando se trata de uma competição da FIFA, qualquer equipe, incluindo seus torcedores e toda a delegação de dita equipe que se classificou para a competição, bem como a mídia que acompanha o evento tem que ter acesso ao país, do contrário a Copa não poderá ser celebrada aí”.

Essa fobia de Trump contra tudo e todos, além da copa poderá tirar a candidatura dos Estados Unidos aos Jogos Olímpicos de 2024, cuja sede seria Los Angeles.

A construção dá lucro apenas para construtores, o futebol e os jogos olímpicos favorecem muita gente: hotéis, restaurantes, bares, enfim é uma gama enorme de pessoas e empresas envolvidas no evento.

Evidentemente o governo também leva seu quinhão, pois tudo neste país é taxado três vezes: Municipal, Estadual e Federal, logo tem mais a ganhar que perder.

Quem sai perdendo, como sempre, é o povo que além de viver em pânico não terá a chance de assistir ao Mundial 2026.

Para o governo e seus governantes resta apenas o prejuízo moral perante o mundo.

 

Informar é um privilégio, informar corretamente uma obrigação.

Léa Campos


Social Press . 16/03/2017

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