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Léa Campos: Roubo

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É incrível como certas entidades trabalham para roubar e prejudicar pessoas que tentam fazer alguma coisa em benefício de uma categoria.

Quando apitava futebol, uma das dificuldades era fazer com que os jogadores obedecessem à ordem do árbitro, quanto aos locais da bola e da barreira para cobranças de faltas.

Com o passar do tempo aconteceram várias mudanças dentro do futebol, acabaram com os uniformes oficiais, cada jogador usa a chuteira na sua cor predileta, alguns chegam ao absurdo de as duas chuteiras com cores diferentes, o goleiro joga com camisa de manga curta, sem nenhuma proteção nos cotovelos e joelhos, os uniformes dos árbitros mais parecem fantasia de carnaval.

Recentemente adotaram uma espuma para demarcar locais da bola e das barreiras, o que facilita muito, não apenas os árbitros, como para os profissionais da imprensa e os torcedores.

Este spray foi inventado pelo mineiro Heine Allemagne, que certamente não tinha conhecimento da corrupção e desonestidade da FIFA e agora terá que entrar na justiça para receber pelo uso de seu invento.

A FIFA, descaradamente, apesar do material ter sido aprovado em 2012 pela International Football Association Board, sendo um equipamento comum nas competições, nega pagar a Heine pelos direitos de seu invento, que foi registrado não apenas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI – Brasil), bem como nos Estados Unidos, Inglaterra e Suíça. O pior da história é que a FIFA sorrateiramente passou os direitos de comercialização do spray para a maior fábrica de tintas do mundo com sede nos Estados Unidos, a PPG Comex que quer que o inventor do produto se afilie à mesma para ter algum direito.

Allemagne enviou uma carta à FIFA demonstrando seus direitos e recebeu por meio de um escritório de advocacia alemão, uma carta informando que consideram sem fundamentos o exposto pelo mineiro, acrescentando:

“Pedimos que o senhor pare com essas alegações imediatamente”.

Agora o inventor estuda medidas judiciais, e enquanto sua invenção não é reconhecida, outra empresa tem vendido ou cedido a espuma a título de propaganda, como aconteceu na Copa Centenário de 2016. “Imagine que eu queira vender um spray por US$ 5 (R$ 15) e vem a maior empresa de pintura do mundo, que além, de dar o spray, paga para associar o nome ao produto e dizer que é dona”.

O contraditório do caso, é que o porta-voz da FIFA explicou em nota, que o spray não está regulamentado, logo o uso do mesmo é de livre concorrência. “Até o momento não há um processo de licenciamento, nem um regulamento definido para esses sprays ou equipamentos similares.

Atualmente, cada organizador de competição tem livre escolha e não precisa, necessariamente optar por uma determinada empresa ou fabricante.

O processo de licenciamento desses produtos está sendo definido e regulamentado pela Internacional Board, que adicionará recomendações e diretrizes às regras do jogo sobre quais produtos serão permitidos para uso”.

É aí que entra o roubo e a corrupção.

É Davi lutando novamente contra Golias.


Social Press . 10/08/2017

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