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Léa Campos: Castigo para Respeitar

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Como se não bastassem todas as dificuldades que temos para romper as barreiras, ainda hoje em pleno século XXI, temos jogadores, que com seu machismo, ofendem as árbitras que a única coisa que querem é trabalhar.

A Alemanha, apesar de ter sido Campeã Mundial no futebol feminino, ainda restringe a passagem das mulheres que buscam novos horizontes.

Recentemente o jogador Kerem Demirbay, que joga no Fortuna Dusseldorf, após receber dois cartões amarelos foi expulso pela árbitra Bibiana Steinhaus, em partida pela segunda divisão do campeonato alemão.

Irritado com a expulsão, o jogador saiu de campo dizendo que “futebol é coisa de homem”.

Com a intenção de promover uma ação educativa, o clube propôs ao atleta que apitasse uma partida de futebol feminino.

Demirbay, pediu desculpas à árbitra. “A sentença nunca deveria ter sido proferida, porque esta não é a imagem que tenho sobre as mulheres”, declarou publicamente.

Porém seu discurso não mudou o castigo e não teve outra alternativa e apesar de relutar muito em aceitar o que para ele era um castigo, acabou acatando e para se redimir com o público feminino, em especial o que se dedica ao futebol, teve que apitar o jogo.

O presidente do Fortuna Dusseldorf, Paul Hunter, disse: “Será algo bom para sublinhar seus reais sentimentos apitando um jogo de garotas”.

Sabemos que o machismo é marcante no futebol feminino, em especial no que diz respeito às árbitras, quiçá por culpa das próprias mulheres, que se vulgarizam ao conseguir algum destaque.

Esta atitude tem que mudar se querem ser aceitas e respeitadas nesse campo.

Não podemos e nem devemos brigar fisicamente com os homens, mas podemos mostrar que o fato de sermos mulheres não nos tira nossos conhecimentos e nossa capacidade.

Se deixarem de usar shorts provocativos e atitudes que não combinam em nada com o futebol, os próprios dirigentes do futebol mudarão sua forma de qualificar as mulheres que buscam no futebol um trabalho digno e honrado.

O fato de uma árbitra atuar em uma divisão inferior, a profissional não credencia ninguém a depreciar seu trabalho.


Social Press . 05/04/2018

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