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Léa Campos: Para Triunfar Precisa Não Desistir

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E prazeroso ver que 54 anos depois de tanta luta, decepção e dúvidas, vermos que lutamos por uma causa que hoje está demostrando que apesar de todos os contra, saímos vencendo. Por isso sempre repito: não jogue a toalha antes de subir no ringue. Algumas meninas, por algum motivo, não conseguiram chegar à meta, se desviaram do objetivo e se perderam no caminho. Apesar de algumas desistências, hoje estamos assistindo à vitória de quem não desistiu, acreditou que era possível e continuou lutando. Edina Batista e Neuza Back são exemplos de persistência, luta e muito trabalho.

Não desanimaram e por isso, hoje, as vemos como referência pela própria FIFA e a CBF. O apoio que elas recebem da entidade brasileira é muito importante e aplaudo aos mentores do futebol brasileiro por isso. Sergio Correia e Leonardo Gaciba, são lutadores como nós que queremos ver a arbitragem e o futebol feminino no topo do mundo. Edina e Neuza acabam de fazer história no mundo da arbitragem ao formar o primeiro trio de arbitragem totalmente feminino no encontro entre All Duhail e Ulsan Hyundai no mundial de clubes jogado em Catar, pais anfitrião do Mundial 2022. 7 de Fevereiro é um marco histórico para a arbitragem feminina de futebol, afinal foi a primeira vez que um trio feminino foi escalado para uma competição masculina patrocinada pela FIFA.

As brasileiras tiveram a auxiliar argentina, Mariana Almeida para completar o trio. As meninas do Brasil haviam atuado anteriormente no jogo entre Tigres e Hyundai quando Edina foi a quarta árbitra e Neuza auxiliar reserva. Havia muita expectativa desde que as duas foram indicadas no final do ano passado. Edina iniciou sua carreira como auxiliar e resolveu encarar o apito e está tendo êxito. Espero que a FIFA continue apoiando essas meninas que têm potencial para apitar qualquer jogo masculino. O presidente da FIFA as elogiou e gostou do trabalho que fizeram, então não vejo porque não escalá-las para outros jogos masculinos da entidade. As regras são as mesmas, as exigências para as árbitras são as mesmas, então não vejo porque não escalá-las no Mundial de Futebol no próximo ano. As duas atuaram também na semifinal entre Bayern x All Duhail, repetindo a mesma escalação do jogo de Tigres e Hyundai. Edina é sinônimo de garra e luta que são dois ingrediente necessários para ser vencedor e triunfar em tudo o que propomos. Vamos mostrar ao mundo que as mulheres podem tudo que querem e profissão não tem sexo. Ver uma árbitra brasileira no Mundial de Futebol seria sem dúvida uma honra para a arbitragem feminina a nível mundial e no apagar de minhas luzes seria para mim, Lea Campos, um merecido troféu de Diamantes.


Social Press . 05/03/2021

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