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Léa Campos: Fanatismo ou Ignorância Coletiva?

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Ser fanático, por religião, futebol e política não é saudável. O Catar acaba de dar um exemplo de que a lei deles é única e tem que ser obedecida. Concordo com algumas proibições, mas em sua maioria existe um certo exagero. A “musa” da Croácia, foi proibida de assistir aos jogos do país dela por vestir roupas com os seios à mostra. Concordo, pois é um insulto à religiosidade do povo catariano e uma afronta às mulheres do país. Proíbem relacionamentos LGBT, esta é uma conduta deles, não pode usar nada que identifica dita sociedade, e quem desobedece é preso.

Nem precisa ser homossexual para ser interpelado e julgado pelo povo e autoridades, para eles é suficiente a dúvida. Um repórter americano (47 anos) esteve preso por tentar entrar no estádio com uma camisa com as cores alusivas ao LGBT, depois veio a falecer, na verdade dita morte não ficou bem esclarecida. A pior experiência coube ao repórter pernambucano Victor Pereira que relatou o que ocorreu com ele. Victor fazia cobertura para vários meios de comunicação do nordeste e portava a bandeira de seu estado quando foi abordado e hostilizado por policiais e moradores do Catar. “Fomos abordados por conta da bandeira de Pernambuco, que tem um arco-íris e acharam que era uma bandeira LGBT.

“Tomaram meu celular e só me devolveram quando apaguei o vídeo que tinha gravado, um verdadeiro absurdo porque temos autorização da FIFA para filmar absolutamente tudo aqui dentro do estádio”, desabafou o repórter. “Estou nervoso e tremendo porque de fato a gente estava com a bandeira de Pernambuco”. “Fui atacado por integrantes do Catar e policiais que vieram em cima achando que era do LGBT, mas a bandeira era de Pernambuco. Apesar disso Victor postou um vídeo que recebeu de uma pessoa que filmou o ocorrido com ele. Apesar da distância da filmagem, em alguns momentos percebe-se Victor dizendo que é jornalista e questionando quem é a pessoa que o estava hostilizando. Victor completa dizendo que tomaram a bandeira de Pernambuco dele e pisaram nela. Este episódio o repórter filmou e o obrigaram a apagar para que tivesse o celular de volta.

Ainda vamos ouvir e ver muitos abusos relatados pelos que estivem no Catar. O que era para ser uma festa, os catarianos transformaram em verdadeiro inferno para os turistas que se aventuraram em acompanhar as suas seleções. Tudo isso deve servir de exemplo para os dirigentes da FIFA. Não pode ter simpatia por alguém que não respeita o ser humano. Qatar (como é escrito por eles) deve servir de parâmetro para as escolhas de futuras sedes. PARA QUE NOS RESPEITEM TEMOS QUE RESPEITAR OS DEMAIS. O DIREITO DOPRÓXIMO TERMINA ONDE COMEÇA O MEU.

Informar é um privilégio, informar corretamente uma obrigação.

_Léa Campos_


Social Press . 16/12/2022

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