Esta é a parte que mais me dá prazer no futebol, deixar as diferenças fora do esporte e vibrar com seus representantes.
O futebol já produziu a união de vários países que tinham suas diferenças por vários motivos, por guerras, por ideologia política, religiosa e outros motivos mais, entretanto quando chega o mundial de futebol tudo fica em segundo plano e isso é o que faz o futebol ser o esporte mais amado e invejado no mundo.
O Japão e a Rússia não são diferentes.
Apesar do descontentamento japonês, por causa das ilhas Kuriles, desde 1917 os membros da realeza japonesa não visitam a Rússia.
Estas ilhas ficam a 7 mil km ou sete fusos horários distante de Moscou, suas cachoeiras e águas termais fazem a atração turística.
Evidentemente, o que mais atrai os japoneses são os recursos naturais das ilhas de Kuriles: ouro, prata e o maior depósito do mundo de RÊNIO que se usa na criação de motores a jato, além de depósitos de gás natural, petróleo, mar rico em PLANCTON e os Estreitos de Vries e Catherine sem gelo, para o país, que sempre teve poucos recursos naturais, a posse de ditas ilhas poderia desempenhar um papel positivo.
Vale ressaltar que Moscou se apoderou das ilhas no final da Segunda Guerra Mundial e as mantêm em seu poder até hoje.
Devido a esse impasse diplomático, o Japão se distanciou da Rússia.
O Mundial 2018 chegou para dar uma trégua nesse conflito, já que a princesa Hisako Takamado resolveu apoiar os atletas de seu país na competência, chegando à Rússia para ver o jogo contra a Colômbia.
Com o recato peculiar dos orientais, Hisako viu seus atletas derrotarem a equipe cafeeira e resolveu ficar para assistir ao jogo seguinte contra Senegal.
Este é o objetivo do esporte, unir os povos mesmo com suas diferenças e modos diferentes de viver, sem levar em conta a crença, a cor ou a preferência política.
A atitude da princesa rompeu um iceberg de 102 anos, o que mostra que as mulheres sempre buscam a forma de resolver os conflitos amistosamente.
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